ABSTRACT
Objetivo: Avaliar a ação do montelucaste (MK), como monoterapia, no controle da rinite alérgica e da asma persistente em crianças e adolescentes. Métodos: Foram incluídos no estudo 31 pacientes com idade entre 4 e 14 anos, com diagnóstico de rinite alérgica persistente e asma persistente (leve ou moderada), teste cutâneo positivo a pelo menos um aeroalérgeno comum, sem uso de corticosteróide tópico por 30 dias e sistêmico por 15 dias. Neste estudo aberto, não controlado, os participantes receberam MK (4 ou 5 mg/dia) por doze semanas. Em avaliações mensais, foram registrados: número de crises de asma, de dias com tosse, idas a serviços de emergência, uso de medicação de resgate, escore de sintomas nasais, pico de fluxo inspiratório nasal (PFIN; pré e pós-descongestionante), pico de fluxo expiratório (PFE; pré e pós-broncodilatador). Resultados: Vinte e sete (87) pacientes completaram o estudo. Em relação ao mês pré-tratamento houve, ao final do tratamento: redução significante no escore de todos os sintomas nasais, aumento dos valores de PFIN pré e pós-descongestionante; diminuição significante do número de crises (média: 1,9 vs 0,6), de visitas ao pronto-socorro (1,3 vs 0,2) e de todos os outros parâmetros clínicos de asma. Houve, ainda, aumento significante dos valores de PFE pós-broncodilatador (234 L/s vs 249 Lls). Conclusões: o MK mostrou-se capaz de controlar, concomitantemente, os sintomas de rinite alérgica e de asma. O uso de MK melhorou de forma objetiva a função nasal e pulmonar dos pacientes.